Doenças

 

AVISO: Algumas imagens poderão ferir susceptibilidades, pelo que não são aconselhadas a indivíduos mais sensíveis.

 

BRUXISMO

 

O bruxismo trata-se do acto involuntário de ranger ou cerrar os dentes que ocorre, normalmente, durante o sono, embora possa persistir durante o período de vigília. Pode-se verificar em qualquer estágio de sono, mas é maioritariamente observado durante no período REM (Rapid Eyes Moviment - este estádio apenas ocupa cerca de 20% das horas de sono, caracterizando-se por um aumento do fluxo sanguíneo, frequência cardíaca, respiração, temperatura e pressão sanguínea, havendo também o rápido movimento dos olhos; é nesta fase que o cérebro humano fica activo, o que permite ao indivíduo sonhar). Caso este problema não seja detectado nem devidamente tratado, os efeitos crónicos nos tecidos orais e dentários poderão ser quase irreversíveis.

Este hábito poderá ser provocado por uma simples causa localizada (como uma saliência numa obstrução, ou, até mesmo, um dente a irromper), em que os maxilares são apertados de modo a que a pessoa encontre uma posição cómoda de mordida. Outra das suas principais causas é o stress, uma vez que ranger subconsciente dos dentes constituiu uma forma de aliviar a tensão emocional.  

  

  

CÁRIE DENTÁRIA 

 

É uma das doenças mais difundidas no Ocidente. No entanto, a sua incidência tem vindo a diminuir progressivamente. A cárie, geralmente, começa por afectar o esmalte e, posteriormente, a dentina. Quando estamos na presença de cavidades obstruídas, o dente poderá ficar cariado nas margens ou debaixo da obturação. É também importante frisar que as raízes expostas se encontram igualmente em risco.

As cáries resultam, principalmente, da perda de minerais da superfície dentária (esmalte), sob a forma de iões de fosfato e de cálcio, devido à acção de células bacterianas que metabolizam os glícidos (açúcares) em ácidos. Desse modo, é possível afirmar que factores como a frequência com que se ingerem alimentos especialmente ricos em glícidos, a resistência dos próprios dentes à doença e uma salivação adequada são relevantes para a incidência desta doença.

Os seus sintomas apenas aparecem tardiamente, quando a cárie já afectou a dentina e, provavelmente, a polpa do dente. Nesta última situação, o indivíduo poderá sentir fortes dores e, à medida que a cárie se agrava, o(s) seu(s) dente(s) sofrerá(ão) um profundo desgaste.

 

 

 

FLUOROSE DENTÁRIA

 

O flúor, como referido anteriormente, tem efeitos extremamente positivos na prevenção e controlo da cárie dentária, quando utilizado em níveis ideais e recomendados. No entanto, quando este é ingerido em doses excessivas (principalmente durante o período de formação da dentição, poderão ocorrer anomalias que, claramente, afectarão a estética do esmalte dentário, que se manifestam sob a forma de manchas. Tal ocorrência é denominada por fluorose dentária (anteriormente denominada por esmalte molteado) e o seu nível de gravidade dependerá, directamente, da quantidade de fluoretos ingerida, do tempo de exposição, da idade, do peso e da nutrição geral do indivíduo. Dentro dos seus sintomas, os mais comuns serão as linhas (e manchas) esbranquiçadas que abrangem toda a superfície do esmalte.

Este género de desordem torna-se mais problemático e clinicamente significativo quando, durante o período de formação e maturação do esmalte, o paciente possui um historial de ingestão prolongada que contém mais de 1ppm de iões de flúor ou, então, de dosagem inadequada de suplementos fluoretados. Devido a esse facto, a situação torna-se mais severa, à medida que a concentração desses iões vai aumentando. 

 

 

 FRACTURA DENTÁRIA

  

As lesões sofridas pelos dentes podem causar fracturas, essencialmente, no esmalte (podendo também afectar este e a dentina). Porém, em situações mais graves e complexas, até mesmo a polpa poderá sofrer consequências, bem como a raiz do dente.

As suas principais causas são, por exemplo, os traumas resultantes de quedas, lesões desportivas e agressões, sendo necessário ter em atenção a grandeza e a direcção da força traumática, de modo a ser possível avaliar a sua gravidade.

Além de serem facilmente identificadas visualmente, as fracturas poderão causar incómodas dores ao paciente, caso estas afectem a polpa e/ou a raiz. É igualmente possível que o indivíduo apresente cortes e ferimentos, principalmente, nos lábios, resultantes do impacto.